segunda-feira, 4 de maio de 2009

Consumo que está na moda

Hoje muito se tem falado em moda sustentável, inclusive, já fizemos algumas pesquisas neste blog sobre o assunto. Mas esta "história" sobre a sustentabilidade não se encerra na produção de peças sustentáveis. Este assunto vai além do próprio produto, ele passa fundamentalmente sobre a nossa capacidade de lidar com o consumo.

É através das escolhas que fazemos como consumidores que podemos também fazer parte deste ciclo que passará a integrar as novas gerações.
A moda tem feito o seu papel. Não é de hoje que estilistas buscam alternativas ecologicamente corretas para a produção de suas coleções. E mais, é na re-edição de peças e no reaproveitamento de materiais, que muitos deles tem apostado com criatividade e ousadia.

A customização de peças hoje é algo frequente e é extramamente bacana ter acessórios e roupas que seguem essa vertente, pois raramente você encontrará alguém com uma peça parecida com a sua. Por isso, reaproveitar o que já tem no seu guarda-roupa além econômico é uma alternativa sustentável.
Outra lição importante é aprender a comprar de forma consciente. Pesquisas apontam que a compra é em sua maior parte concretizada por estímulo no ponto-de-venda, dessa forma, estar consciente do que se quer e do que se realmente precisa consumir é o primeiro passo nesta longa jornada por um planeta mais consciente.

Outro passo é reconhecer marcas e produtos que buscam matérias primas que diminuem o impacto ambiental. No Brasil já existem algumas marcas voltadas para este nicho, como a carioca Amazon Life, que vende bolsas e sapatos feitos de couro vegetal. Outro exemplo é a marca Goóc, que usa a borracha reciclada de pneus no solado dos seus calçados.



Bolsa Amazon Life

Sandália Goóc

A indústria têxtil brasileira desenvolveu ainda fibras a partir de garrafas PET recicladas e fibras de plantas como o bambu e o cânhamo, que algumas marcas, como a Osklen, usam em suas coleções. Nesta mesma linha de pensamento é de máxima importância valorizar o trabalho de comunidades e organizações que buscam sua auto-sustentabilidade.

Bolsa Osklen

Os produtos que trabalham neste viés ainda custam em torno de 30% a mais que os convencionais sintéticos.
Mas ainda temos muito chão a trilhar nesta estrada e seria bom se estivessémos pelo menos um pouco sensíveis a estes critérios, a tendência é que aos poucos essa diferença diminue ou pelo menos nossa consiência aumente a ponto de valorizar efetivamente estas marcas nos tornando consumidores mais atentos e conscientes.

Por Fernanda Meda

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