terça-feira, 26 de maio de 2009

Brechós - alternativa inteligente de consumo

Muito se tem falado sobre o consumo consciente, consumo inteligente, sustentabilidade entre outros, mas antes deste ou daquele termo ser apenas um modismo, existe em sua essência um movimento muito positivo quanto ao reuso de materiais e objetos pessoais.
Essa onda de conscientização já está concretizada no dia a dia de muitas de nós que além de fazer a tarefa de casa direitinho: separando os materiais recicláveis, procurando consumir menos água e controlando os desperdícios em geral, também apresentam uma nova proposta de troca e venda de vestuário pessoal.
Tradicionalmente conhecimentos e um tanto marginalizados, os brechós foram tornando-se, ao longo dos anos, uma alternativa "cool", que agora, mais do que nunca, vestiu uma nova roupagem com o apoio da internet, pois com um computador em mãos e um closet abarrotado de peças que caíram em desuso, muita gente tem feito negócio através dos diversos blogs que existem com este propósito.
A negociação costuma ser bem simples, as blogueiras disponibilizam fotos reais das peças com o valor indicado e mais a informação de frete que é calculado caso a caso, conforme localidade de envio das peças. Além de roupas, encontramos calçados, acessórios e tudo mais que ficou de lado no guarda-roupa da blogueira.
Uma boa dica para iniciar suas negociações é sempre retirar ao máximo informações a respeito das peças com a dona do blog: veja se o tamanho é o que procura, confira o prazo de entrega e valor de frete. É bom checar também se existem pequenos defeitos nas peças, pois a maioria delas não aceita devolução.
Existe uma infinidade de brechós na net, selecionei aqui alguns dos que gostei bastante, veja os links abaixo e boas compras.

http://brecho-maluco.blogspot.com/
http://bazardalivia.blogspot.com/
http://velhaeavovozinha.blogspot.com/
http://meudescontroladoladob.blogspot.com/
http://meudescontroladoladob.blogspot.com/

Por Fernanda Meda

domingo, 24 de maio de 2009

Palestina em alta

Não, não é mais uma notícia sobre guerra, e sim sobre moda! A Palestina está em alta! Infelizmente o que nos chega pela tv, internet e jornais sobre a região, geralmente, são as tristes matérias sobre os conflitos com Israel, mas muita gente está levando um costume palestino no pescoço e nem sabe o que é, e qual o seu significado e pior...como usá-lo.

O lenço, ou keffiyeh, é utilizado pelos palestinos com conotação política e cultural para o mundo árabe e, desde os anos 60 é símbolo do nacionalismo palestino, além de ser um acessório para a proteção do sol e das tempestades de areia.

Desde o final do inverno passado, o lenço palestino, ou keffiyeh, ganhou a moda, as ruas, e se tornou acessório coringa neste outono/inverno 2009. Na verdade o uso do keffiyeh foi apresentado na coleção de Nicholas Ghesquière, estilista da Balenciaga, em 2007, em tom de protesto contra a guerra na Faixa de Gaza, mas agradou tanto e chegou ao Brasil presentes nas coleções outono/ inverno apresentadas no Fashion Rio e São Paulo Fashion Week, em suas últimas edições.

O lenço palestino caiu no gosto dos brasileiros pois é feito de um material mais leve que os lenços ou cachecóis de lã, por exemplo, e possibilita também o uso unissex garantindo, a homens e mulheres, um charme a mais numa produção onde um belo jeans e uma camiseta branca podem ser as peças-chave.

Particularmente, eu acho legal! Porém, quando bem usado...
Sou uma pessoa que desgosto quando acessórios ou, até mesmo, a moda como um todo, ganha uma amplitude tão grande que chega perder o conceito, a identidade, se tornando piegas, comum e até brega. Não é uma questão de ser rico ou pobre, longe disso! Acima de tudo, acho que, até para se usar um lenço desses, é preciso ter atitude e estilo... imprescindíveis! Então, minha dica é :cuidado! Já vi combinações desastrosas andando nas ruas e shoppings...afff.

Para não correr o risco de errar, confira o vídeo onde Glória Kalil ensina diferentes modos de usá-lo.



por Débora Palma

sábado, 23 de maio de 2009

Flávia Neves no GNT

Há pouco tempo tive a feliz surpresa de conhecer uma jovem estilista que com muita competência tem alcançado seu espaço no mundo fashion. Seu nome é Flávia Neves, publicitária por formação, mas que em breve estará lançando sua coleção nas passarelas por aí.
A Flávia tem um talento especial pela escolha de cores e tecidos, boa parte desta coleção foi feita com a sofisticada seda pura.
O seu trabalho externa a personalidade da Flávia: delicada e muito sutil, não foi por acaso que recebeu um desafio fantástico - a oportunidade de vestir, com uma das suas peças, uma das apresentadores do programa Saia Justa do GNT.

Algumas das peças criadas podem ser vistas abaixo, para mais informações entre em contato através do e-mail: nevesflavia@hotmail.com


Por Fernanda Meda

Respirando arte em Curitiba

Estive recentemente em Curitiba e durante esta minha visita a esta cidade linda fui conhecer a tão comentada Feira de Artes e Artesanato do Lago da Ordem.
Já fui sabendo que a feira era grande, mas me espantei com a quantidade de barraquinhas, conta-se que são aproximadamente 1.500, espalhadas pelo denominado Setor Histórico de Curitiba que envolve o Lago da Ordem, São Francisco, Mateus Leme, Claudino dos Santos, Pça Garibaldi, João Candido e Dr. Kellers.
Foi uma feliz surpresa conhecer o trabalho daqueles artesãos. Além de muita arte e artesanato, a feira conta com uma expressiva reunião de barracas de aperitivos e comidas, que vão além dos tradicionais pastéis de feira, o Lago da Ordem destaca-se pelo primorozo encontro da cultura gastronômica, tão comum ao nosso povo e especialmente à população do Sul, resultado da mistura de povos de vários pontos da Europa e dos vizinhos da América do Sul.

O artesanato de Curitiba é riquíssimo e a Feira conseguiu reunir belos trabalhos e excelentes oportunidades de negociação. Durante a visita vi inúmeras barracas de patckwork, móveis e objetos de decoração em madeira, bolsas femininas artesanais. Também tem espaço para os artesãos que utilizam sucata para criar objetos lindos, outros que utilizam galhos secos para criar peças de decoração e objetos práticos como fruteiras e pratos. Vários artistas plásticos expõem seu trabalho na praça, dando um ar de poesia às manhãs de Domingo.

A Feira acontece todos os domingos, das 9h às 14h e como é muito grande sugiro que inicie o passeio logo cedo e que esteja com disposição para aproveitar e fazer suas compras acompanhado de um lanche na própria feira. Será sem dúvida uma oportunidade ótima de ver trabalhos lindos e adquirir peças especiais para a sua casa.

Informações: (41) 3250-7779 / www.feiradolargo.com.br

Por Fernanda Meda

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Uma alma portuguesa, com certeza!!

Nas minhas "andanças" pelos blogs e álbuns virtuais, à procura de inspiração criativa, cheguei a uma conclusão super pessoal: minha alma é portuguesa, com certeza!! Bom, pra quem não me conhece sou decente direta de portugueses, mas sempre levei o fato como algo muito superficial, afinal quem não tem um "pingo" de português nesse imenso Brasil? Mas o fato vai mais além...

Tenho ficado impressionada com a arte, a decoração, a criatividade e, acima de tudo, o bom gosto das, minhas mais novas amigas, portuguesas. São peças em tecido, telas, papel machê, enfim, um mundo tão criativo e colorido, e com tanto bom gosto, que logo pensei: só pode ser daí que vem esse meu gosto pelas artes, pelas cores....coisa de sangue mesmo!

Então, vai aí minha dica para que conheçam melhor o artesanato português. Dê só uma espiada, e veja se eu não tenho razão:





Aqui vão alguns endereços do Flickr para conferirem mais trabalhos das amigas portuguesas:


por Débora Palma

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Consumo que está na moda

Hoje muito se tem falado em moda sustentável, inclusive, já fizemos algumas pesquisas neste blog sobre o assunto. Mas esta "história" sobre a sustentabilidade não se encerra na produção de peças sustentáveis. Este assunto vai além do próprio produto, ele passa fundamentalmente sobre a nossa capacidade de lidar com o consumo.

É através das escolhas que fazemos como consumidores que podemos também fazer parte deste ciclo que passará a integrar as novas gerações.
A moda tem feito o seu papel. Não é de hoje que estilistas buscam alternativas ecologicamente corretas para a produção de suas coleções. E mais, é na re-edição de peças e no reaproveitamento de materiais, que muitos deles tem apostado com criatividade e ousadia.

A customização de peças hoje é algo frequente e é extramamente bacana ter acessórios e roupas que seguem essa vertente, pois raramente você encontrará alguém com uma peça parecida com a sua. Por isso, reaproveitar o que já tem no seu guarda-roupa além econômico é uma alternativa sustentável.
Outra lição importante é aprender a comprar de forma consciente. Pesquisas apontam que a compra é em sua maior parte concretizada por estímulo no ponto-de-venda, dessa forma, estar consciente do que se quer e do que se realmente precisa consumir é o primeiro passo nesta longa jornada por um planeta mais consciente.

Outro passo é reconhecer marcas e produtos que buscam matérias primas que diminuem o impacto ambiental. No Brasil já existem algumas marcas voltadas para este nicho, como a carioca Amazon Life, que vende bolsas e sapatos feitos de couro vegetal. Outro exemplo é a marca Goóc, que usa a borracha reciclada de pneus no solado dos seus calçados.



Bolsa Amazon Life

Sandália Goóc

A indústria têxtil brasileira desenvolveu ainda fibras a partir de garrafas PET recicladas e fibras de plantas como o bambu e o cânhamo, que algumas marcas, como a Osklen, usam em suas coleções. Nesta mesma linha de pensamento é de máxima importância valorizar o trabalho de comunidades e organizações que buscam sua auto-sustentabilidade.

Bolsa Osklen

Os produtos que trabalham neste viés ainda custam em torno de 30% a mais que os convencionais sintéticos.
Mas ainda temos muito chão a trilhar nesta estrada e seria bom se estivessémos pelo menos um pouco sensíveis a estes critérios, a tendência é que aos poucos essa diferença diminue ou pelo menos nossa consiência aumente a ponto de valorizar efetivamente estas marcas nos tornando consumidores mais atentos e conscientes.

Por Fernanda Meda